Dados do Trabalho

Título

PADRÕES DE VARIABILIDADE PRESSÓRICA DE CURTO PRAZO SEGUNDO A IDADE EM SÉRIE DE EXAMES REALIZADOS DURANTE VINTE E CINCO ANOS

Introdução e/ou Fundamento

Aumentos sustentados na variabilidade pressórica podem refletir alterações nos mecanismos responsáveis pela homeostase cardiovascular ou condições patológicas subjacentes e refletir em dano ao sistema cardiovascular(2) que devem ser considerados na tomada de decisão terapêutica
Apesar de ser considerada como forte preditor do risco cardiovascular, ainda não há um consenso em relação ao nível ideal de variação pressórica ou da associação com valores médios da pressão e possíveis diferenças nos parâmetros tanto entre idosos quanto na população em geral.

Métodos

Estudo transversal com série de exames realizados durante 25 anos sob o mesmo protocolo. Variáveis utilizadas: sexo, idade, valores pressóricos em diferentes períodos, descenso noturno, coeficiente de variação (CV) e desvio padrão; descenso noturno normal entre 10% e 20% de redução pressórica, média do coeficiente de variação sistólico e diastólico de 24horas, utilizadas para ponto de corte. Calculados os tamanhos de efeito das diferenças de médias – de Cohen, realizada ANCOVA em todos os períodos da MAPA utilizando covariável sexo; nível de significância para todas as análises 5%.

Resultados

Analisados 2073 exames, 66,3% sexo feminino; média de idade 58,3 anos (±12,6), 29,4% eram maiores de 65 anos. Os idosos, em todos os períodos, apresentaram maiores médias de PAS e menores de PAD. Idosos apresentaram menor controle de PA no período de sono (27,3%) do que adultos (35,3%) e maior ausência de descenso (83,5%). Descenso noturno em idosos foi de 17,7%/sistólica e 36,6%/diastólica; no adulto 26,8%/52,1% respectivamente. O Coeficiente de Variação Sistólico foi maior entre os idosos no período de 24H 10,8 (±3,1) x 10,0 (±2,4), Vigília 10,3 (±2,9) x 9,0 (±2,4) e sono 9,0 (±3,0) x 8,6 (±2,8).

Conclusões

Idoso apresentaram menor controle pressórico no período do sono e maior ausência de descenso noturno, ademais, tiveram maior CVPAS em todos os períodos e maior CVPAD na vigília e sono

Área

Hipertensão